Investir em programas de bem-estar no ambiente de trabalho resulta em ganhos para todos

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Existem várias definições de promoção da saúde que podem ser consideradas. Em 1920, Charles-Edward Amory Winslow descreveu-a como um “esforço da comunidade organizada para alcançar políticas que melhorem as condições de saúde da população e programas educativos para que o indivíduo melhore sua saúde pessoal”. Duas décadas depois, Henry Ernest Sigerist propôs que a promoção da saúde seria “uma das quatro tarefas essenciais no exercício da medicina, junto com a prevenção de doenças, a recuperação dos doentes e a reabilitação”. Segundo Sigerist, “a saúde se promove proporcionando condições de vida decentes, boas condições de trabalho, educação, cultura física e formas de lazer e descanso”.

Em 1965, Hugh Rodman Leavell e Edwin Gurney Clark tornaram a promoção da saúde uma referência no seu modelo de história natural da doença. Segundo os autores, existem três níveis de prevenção, com cinco componentes nos quais se pode atuar. No período pré-patogênico, a prevenção primária é composta pela promoção da saúde e pela proteção específica. Na prevenção secundária, existem os componentes de diagnóstico e tratamento precoce da doença. Na prevenção terciária, há o componente da reabilitação. Leavell e Clark afirmaram que as ações para a promoção da saúde envolviam orientação nutricional, aconselhamento e educação em saúde, educação sexual, orientação sobre condições de moradia, trabalho e lazer.

Embora seja didático e eficiente para muitas doenças, o modelo proposto por Leavell e Clark apresentou algumas limitações, em especial por ser focado nos indivíduos ou em pequenos grupos. Também mostrou-se limitado para doenças que dependiam de fatores externos como, por exemplo, doenças infectocontagiosas que precisam de melhores condições sanitárias para serem controladas. Isso levou vários autores a desenvolverem modelos alternativos nas últimas décadas. Entre os principais, destacam-se os propostos por Göran Dahlgren e Margaret Whitehead e por Michael Marmot e Richard Wilkinson.

Os primeiros explicaram como diferentes condições determinam o processo de saúde-doença e propuseram um modelo em camadas. Do centro para fora, estão fatores individuais como idade, gênero e fatores genéticos. A camada seguinte representa os fatores comportamentais e o estilo de vida das pessoas como, por exemplo, tabagismo e alimentação pobre em nutrientes. Na próxima camada, estão fatores sociais e da comunidade, que sofrem influências sociopolítico-econômicas e que podem favorecer ou não a saúde.

Em seguida, os autores apontam fatores como condições de vida e de bem-estar no trabalho, acesso ou não a serviços de saúde e ambientes favoráveis à saúde, educação, alimentação. No último nível, estão as condições econômicas, culturais e ambientais da sociedade como um todo. Nesse modelo, a sociedade pode, por exemplo, influenciar as escolhas de um indivíduo sobre moradia, trabalho e mesmo sobre hábitos como alimentação.

Em 1999, Marmot e Wilkinson publicaram seu modelo sobre as determinantes sociais de saúde, em que discutem como a estrutura social afeta a saúde e a doença por vias materiais, psicossociais e de comportamento. Para os autores, os fatores sociais, inclusive o trabalho, são as mais importantes influências sobre a saúde da população.

 

No Brasil

Como visto, a promoção da saúde e a importância dela no trabalho foram bem estudadas por diversos autores ao longo das últimas décadas. Na prática, o tema ganhou relevância a partir de 1986, com a I Conferência Internacional sobre Promoção da Saúde realizada no Canadá. A Carta de Ottawa traz as cinco principais áreas de atuação da promoção da saúde, a saber:

1) Elaboração e implementação de políticas públicas saudáveis;
2) Criação de ambientes favoráveis à saúde;
3) Reforço da ação comunitária;
4) Desenvolvimento das habilidades pessoais;
5) Reorientação do sistema de saúde.

Para a criação de ambientes favoráveis à saúde, a Carta define que as ações devem “envolver o trabalho, o lazer, o lar, a escola e a própria cidade”. Quanto ao desenvolvimento de habilidades pessoais, determina que é necessária a “divulgação de informações sobre educação para a saúde no lar, na escola, no trabalho e em qualquer espaço coletivo”. E também que “a organização social do trabalho deveria contribuir para a constituição de uma sociedade mais saudável”.

Fonte: Revista Proteção

 



 

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  • Exames Médicos Ocupacionais, Audiometria e Exames Laboratoriais;
  • PCMAT (Programa de Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção) – NR 18;
  • PPRA (Programa de Prevenção de Riscos Ambientais) – NR 09;
  • PCMSO (Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional) – NR 07;
  • LTCAT (Laudo Técnico das Condições Ambientais de Trabalho) – Decreto 3.048/99 – INSS;
  • Laudos Técnicos de Engenharia (Insalubridade, Periculosidade, Elétrico, Ergonômico, etc);
  • Treinamentos, Cursos e Palestras (Trabalho em Altura, Espaço Confinado, CIPA, EPI, etc).

 

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